sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Saúde Pública Parte I

Na última quarta feira tive mais uma emocionante aula sobre determinantes sociais, aulas que particularmente estão me mantendo no Mestrado. Fazem-me refletir em que pé me encontro no papel de “fazedora” de saúde pública genuína, pura e construtora em mim e nos outros de como ser saúde. Tenho refletido sobre conceitos interessantes, que pareciam tão meus, únicos em mim. Mas vê-los assim estendidos, expostos fui levada a perceber que para se fazer saúde publica é necessário desprendimento.
Malandra , como gata de armazém, tenho observado meus mestres nas aulas, os colegas de profissão e de sala de aula. Aqueles que como eu são bem sucedidos na realização de políticas e programas de saúde pública.
Existe um tipo de gente que se envolve em fazer saúde pública, seja na teorização do tema , seja na prática, na famosa ponta.
Gente que realmente faz saúde publica é dedicado, envolvido, engajado e principalmente desprendido. Professores tranquilos, com vontade de nos educar sem agredir, buscando nos envolver mais com seu comportamento do que com as teorias, respeitosos em nossos pareceres e tentando aprender mais do que ensinar. Tanto que causam frustração a muitos colegas que não entendem o interagir novo aquele da construção do conhecimento. Onde nós alunos é que temos mais responsabilidade em nos construir do que eles mestres em moldar.
Ou seja, para fazer saúde pública tem que se ter amor mais do que paixão. Por que paixão geralmente passa e acaba, é avassaladora, quebra, invade e toma conta, cobrando de nós atitudes rápidas extremas e nem sempre solucionantes. Mas já o amor, há o amor...É em sua essência imparcial, cauteloso, detalhista ao mesmo tempo em que é amplo também, e principalmente a tudo suporta e nunca deixa de estar lá.
Assim é a saúde pública amorosa, agregadora, envolvente, trabalhosa. Por que afinal amor dá trabalho também na construção de um amor ideal e real. Pois em muitos momentos temos que ser altruístas ao vivenciarmos situações alheias a nossa vontade e ao nosso domínio. Enfrentar problemas com a sabedoria de aceitar e com muita cautela para mudar o rumo da corrente aos poucos, paulatinamente, através de novos e velhos conceitos e de muita mas, muita prática e dedicação.
O que me deixa feliz e contente é que faço parte deste amor. Na construção para uma nação onde na saúde pública se tenha mais qualidade ética e respeito para com o usuário e os profissionais de saúde.
Ao olhar essa hitória várias situações mudaram e outras milhares ainda hão de mudar para que todo cidadão brasileiro seja ele rico , pobre, magro, gordo, homem, mulher,negro, branco, amarelo seja atendido em suas necessidades de saúde com a garantia de uma atenção equiname e integral.