quinta-feira, 15 de abril de 2010

GRATIDÃO




"...A minha gratidão é uma pessoa..
.", titulo da música do Nando (que de tão fã que sou.Me autorizo a chamar de Nando, o Nando Reis):
"...Mas como começar de novo
Se a ferida que sangrou
Acostumou a me sentir prejudicado

É só você lavar o rosto
E deixar que a água suja
Leve longe do seu corpo
O infeliz passado..."

Adoro a canção me explodo de cantar.Porém nunca havia pensado em situações concretas de gratidão. Até escrever o texto A infelicidade do outro. E ele mexer com pessoas próximas a mim de uma maneira hiperbólica que denominarei:brutal. Cheguei a me arrepender, refleti e como tudo que escrevo, falo de mim.E quero esclarecer que tenho muito enfrentado situações de infelicidade alheia que não conseguindo eu, ajudar a pessoa, tenho deixado-a só, em sua maciça depressão.E todos devem saber de quem se trata.Portanto a reflexão é válida, principalmente para mim.

Mas como nada acontece em minha vida ,sem que nenhuma leitura apareça e me faça ponderar revendo minhas próprias atitudes.

Ao folear a Revista Vida Simples de Fevereiro desse ano no artigo da coluna PENSAR que discorreu sobre gratidão.Comecei a me assustar na parte onde se diz que somos bebês gigantes, voltados para o nosso umbigo e sem a percepção do outro e muitas vezes incapazes de atos concretos de gratidão,que tem raízes em nossa infância mal estruturada.Ave Cristo!Assustei.
Corri a buscar atos concretos de minha gratidão as pessoas.Encontrei alguns, como passar o fim de semana ajuando na preparação da festa de uma amiga , por ela ter me arrancado o dente(Calma não se preocupem, ela é dentista e precisei dos serviços profissionais dela).Pude visualizar alguns poucos e espaçados ,mais existentes.Um almoço aqui, um lanche ali, um aperto de mão, uma louça lavada após o almoço oferecido.Um jogo de xícara que minha tia tanto queria mas nunca comprava.

Mas na verdade o que mais me intrigou na matéria foi, o fato do autor nos levar a reflexão de que estando nós voltados aos nossos umbigos pela interferência( errônea nos dando demais e de forma sufocante, mas com boa intenção lógico!)de nossos pais que não conseguiram marcar nossa memória com seu amor,nos deixando com dificuldade de formar vínculos duradouros e sem formar uma identidade separada deles.E ai podemos estar presos em uma roda de sucessão de erros e repetições que tolhem nossa qualidade de vida.E ainda mais um pouco, sermos ingratos com o que recebemos, julgando pouco , pois na nossa percepção aprendemos a julgar que o que recebemos se não é dentro do que estamos acostumados a ter.Achamos pouco e cobramos mais.
Quase me derreti as dez horas da noite , sozinha, depois de uma dura e pesada sessão de psicoterapia,que aliás estão sendo cada vez mais intensas e eu mais perdida.Mas que tenho a certeza de que me levaram a entender minhas voltas em torno do meu umbigo. E após ler este texto sobre gratidão, quer ser mais grata com o que recebo, mesmo que não seja da maneira ou da quantia que julgo ou estava acostumada a receber .Mas que irá me deixar mais leve,soft,pluft!
Podendo apreciar a vida de maneira tranquila, rompendo laços e deixando que a água suja leve embora o infeliz passado, como canta o poeta musical.
OBRIGADO, SENHOR PELO AR QUE RESPIRO.
POR QUE SEMPRE COMIGO,
ESCONDIDO TU ESTAS,
NO PERFUME DAS CORES,
NA HARMONIA DAS FLORES,
NO AR QUE MURMURURA,
O SEU NOME A REZAR...

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