terça-feira, 13 de abril de 2010

A INFELICIDADE DO OUTRO.



Quando se está feliz podemos dizer que grudamos feito imã as pessoas e as coisas boas ao nosso lado, alguns explicam tal fenômeno como faixa vibratória, ou seja, quando você vibra felicidade entra em sintonia com as coisas da felicidade que vem ao seu encontro. Outros dizem que porque mudou sua visão de mundo e agora você vê a felicidade nas menores coisas. Acredito nas duas versões e como acredito. Muito bom é estar feliz e olha melhor ainda ficar ao lado de quem está feliz de fato, que é feliz de fato. Ah, como é bom! Sair, rir junto, comer junto, fazer nada e fazer tudo e rir mais um pouco e estar feliz.
Bem, mas o que dizer de quando estamos infelizes, tristes, acabrunhados, molambentos de sentimentos, perdidos, deprimidos. Tenho experimentado momentos assim e de repente PLUFT! Cadê todo mundo, meus amigos, meus companheiros de religião, meu noivo, pais, cadê onde se foram?
Parei para pensar e percebi que nos momentos de infelicidade pura e condensada de minha vida, passei-os sozinha. Com salvo, raras exceções de um amigo ou outro muito ousado que foi como recita Cora Coralina, “... colo que acolhe, braço que envolve...”. E eu sei tanto fazer isso.Parei um pouco e me vi inúmeras vezes em situações difíceis dos meus ou dos que estavam perto de mim, e nas minhas sozinha estava sempre. Quero deixar claro que não é um ato de reclamação, mas sim uma observação que estou fazendo a cerca dos meus relacionamentos. E pela primeira vez estou desejando deixar de ser gerente de conflitos alheios e começar a gerenciar só os meus. Pensei isso, e de repente como em todas as coisas da minha vida encontrei um texto que me fez refletir.Henri Toulosse Lautrec, em a Elegância do Comportamento diz que, "...É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros." Entao pude ver que realmente não posso reclamar do que já fiz pelos outros nem me vangloriar por isso, mas que de maneira muito elegante posso convidar os meus e os ao meu redor a reconhecerem que em tempos de Infelicidade alheia um pouco de atenção física e emocional, como um abraço, uma mensagem de texto , um telefonema, ou um “oi to com saudades”.Podem ser imensamente elegantes e me ajudam muito.
Minha Psicóloga vai me pedir para, refletir muito sobre esse texto e a minha necessidade de ser amada.Mas elegantemente devo admitir hoje, que eu a tenho sim e que um dia como, o conto abaixo a deixarei com outro sabor. E estamos juntas caminhando para isso.

ONDE VOCE COLOCA O SAL?

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse. - Qual é o gosto? - perguntou o Mestre. - Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse: - Beba um pouco dessa água. Enquanto a água corria do queixo do jovem, o Mestre perguntou: - Qual é o gosto? - Bom! Disse o rapaz. - Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre. - Não. Disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse: - A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de ser copo para tornar-se um Lago. Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.

Observação a parte:Quem tem estado presente e muito meu irmão e sua prole que tem arrancado de mim boas gargalhadas, continuamos os mesmos mas algo mudou.

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